Entre tanta poluição visual e materiais inadequados, está aquela propaganda comercial de uma mulher seminua ao lado de uma criança. A vista de todos, em pleno centro da cidade.
É no casarão da Praça Gonçalves Dias. Um dos mais belos exemplares da arquitetura colonial portuguesa encontrada nem nosso Estado. Esse tipo de construção histórica vai além de nossa cidade, se destacando no inventário arquitetônico maranhense.
Mas aqui ele toma um outro papel. O de desajustado, de desconhecido, um incômodo.
O reboco já está caindo. A propaganda inadequada ajuda a esconder.
Para alguns, isso é bom. Tanto faz. Deixa pra lá.
A situação do imóvel não assusta nem incomoda. Muito menos aquela propaganda.
E assim, nossa história, cultura, tradição e identidade vai sendo (des) construída. E por cima disso uma concepção errônea de cidadania vai se perpetuando.
Tudo está escondido, mas a vista de todos.
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