No dia 2 de dezembro de 1825, nascia no Rio de Janeiro, Pedro de Alcantara, nosso D. Pedro II, Imperador do Brasil. Datas festivas como aniversários e de luto quando falecidos, os monarcas eram celebrados por todos os cantos do país, mesmo nunca tendo pisado uma única vez em determinado local.
Naquela Caxias do século XIX não era diferente. Por falta de registro (ou de preservação deste), não se sabe se a cidade comemorou o nascimento do filho do Imperador Pedro I, dias depois quando a notícia chegou por essas bandas. É provável que sim, onde os sinos das igrejas e capelas devem ter soados e missas tenham sidos celebradas para festejar o nascimento do futuro rei. Quando foi coroado Imperador aos 15 anos de idade, em dezembro de 1841, a cidade também deve ter feito as festividades como mandava o figurino. Um ano antes, Caxias tinha se libertado de forma trágica do movimento conhecido como Balaiada. Os traumas ficaram para trás e a cidade entraria em um novo ciclo econômico e social.
O que se sabe é que, com os jornais que conseguiram se manter até o presente, no dia 2 de dezembro de 1845, comemorou-se em Caxias o 20º aniversário do Imperador.
O Brado de Caxias, Ed. 16, de 3 de dezembro de 1845, traz a nota: “Comemorou-se ontem nesta cidade o aniversário natalício de Sua Majestade Imperial. Houve o Te-Deum Laudamus, parada com a tropa de linha e a noite teatro”. Te Deum Ladamus (do latim), significa “A Vós, ô Deus, louvamos”. Hino católico praticado em determinados rituais.
A noite foi a comemoração no Teatro Harmonia, situado no então Largo de São Benedito. Entre os presentes estava o poeta Antônio Gonçalves Dias, que recitou o poema “Ao aniversário natalício de S.M.I.”, feito especialmente para aquela ocasião. Outro presente naquele evento era o poeta e dramaturgo caxiense Joaquim José da Silva Maçarona, conforme cita Dr. Arthur Almada Lima Filho em seu Efemérides Caxienses.
Neste 2 de dezembro de 2021, comemora-se 196 anos de nascimento do último Imperador do Brasil, e 176 anos desse registro festivo em Caxias.
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